Brasil, uma fábrica de exportar jogadores

Nenhum país vende tantos jogadores de futebol quanto o Brasil. Em 2023, exportamos 1.217 atletas rumo a clubes estrangeiros. O segundo colocado nesse ranking, a Inglaterra, vem bem atrás, com 838 jogadores vendidos para fora. Os dados são do relatório anual de transferências publicado pela Fifa, que contabilizou um recorde histórico: o mercado da bola movimentou 9,6 bilhões de dólares no ano passado, maior cifra desde o início da série histórica, em 2014. Jude Bellingham, Enzo Fernández e Neymar figuram na lista de transferências mais caras. O futebol feminino, enquanto isso, passa longe de tanto luxo. Segundo o relatório, a transferência mais cara do futebol masculino equivaleu a 292 vezes a transferência mais cara do futebol feminino. O =igualdades explorou esses dados. Confira:

O valor movimentado com transações internacionais de jogadores de futebol aumentou 48% no ano passado. Saltou de US$ 6,5 bilhões, em 2022, para US$ 9,63 bilhões, em 2023. É o valor mais alto desde o início da série histórica, em 2014.

O Brasil é, historicamente, uma fonte de talentos para o futebol mundial. Conforme o mercado europeu foi se profissionalizando e enriquecendo, essa dinâmica se intensificou: cada vez mais, os craques brasileiros deixam o país ainda jovens rumo à Europa. Foi assim com Neymar, foi assim com Vinícius Jr, foi assim com muitos outros. No ano passado, de todo o dinheiro que foi movimentado com transações internacionais no futebol, 10% (isto é, US$ 935 milhões) foram fruto da compra e venda de jogadores brasileiros.

O mercado do futebol está mais globalizado. Entre 2014 e 2023, a quantidade de jogadores que deixaram seus países para jogar no exterior cresceu 66%. A demanda existe sobretudo nos países europeus, embora os clubes árabes agora também estejam no páreo.

A quantidade de jogadores brasileiros transferidos para clubes internacionais cresceu 22%, passando de 998 em 2022 para 1.217 em 2023. Lideramos esse quesito no mundo. A Inglaterra, segunda colocada, exportou 838 jogadores no ano passado; a Espanha, 773. Depois vêm Portugal (731), Argentina (700), França (686) e outros países (16.856).

Nos últimos cinco anos, o futebol feminino viveu uma valorização significativa. Desde 2018, o valor gasto com transferências internacionais cresceu onze vezes. Saltou de US$ 561 mil para US$ 6,1 milhões. Mas ainda passa longe dos bilhões gastos no futebol masculino.

O inglês Jude Bellingham, promessa de 20 anos de idade, migrou do Borussia Dortmund para o Real Madrid por um preço astronômico: US$ 111 milhões. Foi a maior negociação do futebol masculino em 2023. No feminino, os valores ainda são muito menores. Jill Roord, holandesa de 26 anos que trocou o VfL Wolfsburg pelo Manchester City, custou cerca de US$ 380 mil ao clube inglês. Foi a maior transação do ano no futebol feminino.

Os clubes ingleses são os mais vorazes no mercado de transferências. Em 2023, somaram US$ 2,9 bilhões em gastos com a compra de jogadores de futebol. O valor equivale à soma dos gastos de seis outros países: Brasil, Espanha, Portugal, França, Holanda e Itália.

Piauí Folha

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