Moradores comemoram saída de síndica com queima de fogos após eleição de novo gestor em condomínio

Moradores comemoram saída de síndica com queima de fogos após eleição de novo gestor em condomínio

Após gestão marcada por insatisfação e denúncias de omissão, eleição do novo síndico é celebrada com fogos de artifício, simbolizando, para muitos, um novo ciclo administrativo.

A noite de ontem foi marcada por um clima de euforia no Condomínio Aurora do Parque, em Paulista (PE), após a eleição de um novo síndico. Um grupo de moradores organizou uma breve queima de fogos para celebrar o resultado que, para muitos, representou o fim de um período de insatisfação e o início de uma nova fase de gestão.

Segundo relatos, aproximadamente 90% dos condôminos estavam insatisfeitos com a administração da síndica profissional Michelle Veras (MV Condomínios). Ao longo do último ano, a gestora teria adotado uma postura considerada por muitos como distante e autoritária. As críticas mais frequentes envolviam a ausência de respostas efetivas às demandas da comunidade — sendo comum a orientação genérica “faça pelo aplicativo” sem retorno adequado — além da falta de transparência na prestação de contas e nos contratos firmados com fornecedores.

Moradores também afirmam que solicitações legítimas eram interpretadas como ataques pessoais, resultando em áudios com tom ríspido, que, segundo alguns relatos, chegavam a tratar os interlocutores de forma infantilizada. Esse cenário teria gerado um desgaste crescente na relação entre a administração e os condôminos.

A insatisfação generalizada e a expectativa por mudanças culminaram na eleição do novo síndico, aguardada com ansiedade pela maioria. Para muitos, a queima de fogos não foi apenas uma comemoração, mas um ato simbólico de “libertação” e de esperança em uma gestão mais transparente, participativa e alinhada aos interesses coletivos do condomínio.

A celebração, entretanto, não foi unanimidade. Alguns moradores da região criticaram o barulho provocado pelos fogos. Porém, a grande maioria das manifestações em grupos de WhatsApp e perfis no Instagram foi de apoio à comemoração.

A região, composta por diversos condomínios, já enfrentou problemas graves com gestões anteriores, reforçando a percepção de que a participação ativa dos condôminos e a escolha de um gestor comprometido são essenciais para atender às necessidades e expectativas da comunidade.

O Portal Condomínio Interativo entrou em contato com a síndica profissional, que enviou a nota de esclarecimento abaixo:

“A presente resposta funcionará, principalmente, como um instrumento de reestabelecimento da verdade. A coletividade, quando levada por interesses escusos e particulares de alguns, acaba por trilhar um caminho impossível de ser validado por qualquer profissional que respeite sua formação.


Foi isso que aconteceu no Aurora do Parque.


Escreverei de forma pontuada os absurdos ali vividos, os episódios de flagrante machismo (seja direto, seja estrutural) que experimentei e todos os meus combates a essas atitudes, porque o problema não é perder, é se perder. E eu não me perco.

  • O Condomínio possui uma polarização com a gestão há muito tempo, algo como se fosse uma disputa de torcidas. Então nunca houve abertura para o real debate de ideias, sem que fosse destacado o próprio interesse pessoal. 
  • Tive que combater de modo firme (e talvez por ser mulher isso é considerado ríspido, mas se fosse um homem seria assertividade) a tentativa de moradores serem contratados para trabalhar de porteiro no condomínio, um flagrante rompimento de moralidade e gestão.
  • Tive que aguentar gritos de homens, bem como presenciar esses mesmos gritos em relação a outras funcionárias, enquanto os seus pares eram tratados com cordialidade.
  • Tive que presenciar o absurdo de um morador acionar a força policial para tentar usar o Salão de Festas sem realizar a devida reserva, como determina o Regimento Interno.
  • Tive que sofrer falsas acusações e pressões advindas de pessoas que se intitulavam influentes no condomínio, deixando muito claro que eu deveria me curvar aos seus interesses. 
  • Tive que aguentar acusações infundadas, sem NENHUMA base fática ou legal, simplesmente palavras faladas de forma repetitiva, ao ponto de pessoas que não estavam no dia a dia do condomínio, acreditarem.
  • Não há NENHUMA irregularidade em minhas contas. E, em razão disso, no momento e local oportuno, sempre responderei com muita tranquilidade a qualquer questionamento oficial.


Como foi dito no começo desta carta aberta, existem coisas e princípios que são inegociáveis e estão muito acima de qualquer valor a ser recebido como salário. O inegociável não se negocia. Desejo sorte ao condomínio.


Atenciosamente, 
Michelle Veras.”


Piauí Folha

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