Morador é acusado de ataques com bomba e gás de pimenta em condomínio na zona norte de São Paulo

Na Zona Norte de São Paulo, um condomínio considerado o maior complexo residencial do país — com cerca de 50 torres, 7.300 apartamentos e aproximadamente 20 mil moradores — se tornou palco de um caso extremo de conflito entre vizinhos.

De acordo com a administração do condomínio, o morador identificado como Magno Pinheiro teria lançado uma bomba e gás de pimenta na porta de um vizinho, em episódio que ocorreu por volta das 6h da manhã. As câmeras de segurança registraram a explosão, que deixou moradores em pânico. Apesar das imagens não mostrarem o autor, a investigação interna concluiu pela responsabilidade do acusado, que foi multado.

A subsíndica, ao verificar o que havia acontecido, também passou mal por conta da inalação do gás.

“Estava recebendo a visita da minha família e, do nada, todo mundo começou a tossir”, relatou um dos moradores atingidos.

Segundo o síndico, mesmo após o apartamento do acusado ficar desocupado, as agressões continuaram. Há pelo menos cinco boletins de ocorrência contra ele.

“Todo mundo tá fazendo de tudo pra tirar ele daí, mas não consegue”, afirmou um condômino.

A Secretaria de Segurança Pública informou, por meio de nota, que a Polícia Militar foi acionada e que o caso está sendo investigado pela delegacia local.

Especialistas em direito condominial ouvidos pela reportagem afirmam que, além do registro policial, o condomínio pode realizar assembleia para deliberar sobre a expulsão do morador com base em comportamento antissocial, acionando a Justiça para garantir a medida.

As causas mais comuns de conflitos em condomínios, segundo especialistas, incluem barulho, problemas de vazamento, vagas de garagem, animais de estimação e uso de áreas comuns.

“O que leva casos a esse ponto é a falta de mediação e a crença de que as pequenas discussões não têm consequências”, destacou um advogado especializado, Marcio Rachkorsky 

O caso reforça a necessidade de canais de diálogo, mediação e ações preventivas para preservar a convivência e evitar que desentendimentos se transformem em riscos à segurança e à saúde dos moradores.


Piauí Folha

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