Série da GloboNews e do RJ2 analisou quase 800 processos da Justiça do Rio de Janeiro que incluíram registros da atividade policial. ‘Lente de aumento’: câmera corporal registra ataque a PMs no Jacarezinho, e um deles baleado; VÍDEO
Obrigação do estado desde 2022, as câmeras corporais de policiais militares acabam revelando os desafios da segurança pública e os riscos enfrentados pelos agentes — mas também desnudam desvios de conduta e até crimes.
A série “Lente de Aumento”, da GloboNews e do RJ2, analisou cerca de 800 processos na Justiça fluminense envolvendo PMs — e os registros em vídeo de suas ações. Na segunda-feira (2), a série contou a história de um jovem baleado preso injustamente, mas que acabou solto graças a uma análise do material pela Defensoria Pública.
O 1º capítulo também trouxe o flagrante de um ataque a tiros a uma equipe da PM no Jacarezinho. Um dos militares foi atingido na perna.
Selo lente de aumento
GloboNews
‘Lente de aumento’: série mostra abusos e riscos de ações de PMs do RJ a partir de câmeras corporais; veja vídeos inéditos
O caso foi em janeiro. O Batalhão de Choque, uma das tropas especiais da Polícia Militar, foi mobilizado para uma operação. Os homens chegam às 7h45, quando parte do comércio já está funcionando.
As câmeras revelam o clima de tensão e a movimentação dos moradores, que tentam sair o quanto antes da linha de tiro.
“Ô, pode vir. Vou esperar você passar! Passa aí, parceiro, pode passar!”, fala um PM.
“A hora de passar é agora!”, diz outro.
Uma senhora tem dificuldade de andar. “É que minha perna dói muito!”
“Passa por esse lado da rua, que aqui o tiro não pega!”, orienta o PM.
A tropa avança e, poucos metros à frente, entra em confronto com criminosos. Um dos PMs é atingido. “Tomei na perna!”, diz. “Ele tá dando lá de cima. Por isso que pegou na minha perna.”
PM é atingido durante operação no Jacarezinho
Reprodução/TV Globo
Debate
Mário Sarrubbo, secretário nacional de Segurança Pública, afirma que o modelo de segurança pública “historicamente não tem se mostrado adequado”.
“Entendemos que operações policiais têm que ser muito estratégicas, muito bem pensadas, muito bem trabalhadas, e sempre procurando uma baixa letalidade. A gente tem muitas vezes esses tiroteios em comunidades, muitas pessoas inocentes, trabalhadoras, crianças têm perdido a vida nessas operações”, declarou.
Porta-voz da PM, a tenente-coronel Cláudia Moraes afirmou que “todas as operações são feitas com alto grau de planejamento e cuidado”. “Por vezes esses criminosos utilizam moradores como escudos humanos para se proteger”, disse.
Piauí Folha

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