Leblon e Ipanema lideram ranking dos condomínios mais caros do país por metro quadrado
Um novo levantamento da Loft, que considerou mais de 76 mil anúncios de imóveis residenciais nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, aponta que Leblon, no Rio de Janeiro, continua sendo o bairro com a maior taxa média de condomínio por metro quadrado no Brasil, alcançando R$ 15,24/m². Logo em seguida, aparece Ipanema, com R$ 15,20/m².
Segundo Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft, a combinação de localização privilegiada e imóveis de alto padrão explica esses valores elevados. Ele destaca ainda que o tamanho médio dos apartamentos nessas regiões costuma ser menor do que em São Paulo, o que acentua o custo por metro quadrado.
Apesar desses bairros do Rio liderarem em valor por metro quadrado, os maiores valores absolutos de taxa mensal de condomínio continuam sendo registrados em São Paulo. No Jardim Europa, por exemplo, o condomínio médio chega a R$ 3.576 mensais; em Belo Horizonte (bairro Belvedere), R$ 3.418; e na Vila Nova Conceição, em São Paulo, cerca de R$ 3.200. A média nacional entre as cidades analisadas é de R$ 1.100 mensais.
No Rio de Janeiro, outros bairros também figuram entre os mais caros por m²:
- Lagoa: R$ 13,23/m²; apartamento médio de 173 m²; valor médio de imóvel R$ 3,03 milhões; aluguel médio R$ 10.893
- Centro: R$ 12,40/m²; apartamento médio de 44 m²; imóvel médio R$ 311.879; aluguel médio R$ 1.860
- Leme: R$ 11,35/m²; apartamentos de média 138 m²; imóvel médio de R$ 1,84 milhão; aluguel médio R$ 9.620
- Copacabana: R$ 11,28/m²; apartamento médio de 133 m²; imóvel médio de R$ 1,57 milhão; aluguel médio R$ 5.868
- Praça da Bandeira: R$ 11,17/m²; apartamento médio de 69 m²; imóvel médio R$ 394.841; aluguel médio R$ 1.940
Para moradores de tais bairros, esses números reforçam a premência de avaliar cuidadosamente as taxas condominiais ao adquirir ou alugar imóvel, pois o valor mensal pode pesar bastante, mesmo em imóveis de metros reduzidos.
Especialistas em mercado imobiliário apontam que além do valor por m², fatores como taxa de ocupação, serviços inclusos, segurança, infraestrutura e localização — principalmente proximidade à praia ou vistas privilegiadas — influenciam diretamente na determinação das taxas.
Em resumo, moradores e investidores devem observar não apenas o valor total do condomínio, mas também o custo proporcional por metro quadrado, para ter uma percepção real de custo-benefício.