O Condomínio Castel Di Veneza, localizado no Jardim Seminário, em Campo Grande (MS), enfrenta graves problemas estruturais apenas cinco meses após a entrega das obras. Moradores e o síndico, Rafael d’Ávila, notificaram extrajudicialmente a MRV Engenharia em julho, apontando vícios construtivos que incluem vazamentos, infiltrações e falhas na rede de combate a incêndio, tornando o prédio inseguro em situações de emergência.
Entre os problemas mais críticos estão o vazamento na rede de hidrantes, que compromete a funcionalidade do sistema contra incêndios, e o esvaziamento do reservatório de água, testado conjuntamente com a construtora. Outros itens relatados incluem rachaduras no forro de gesso do quiosque, infiltrações no salão de festas, trilhos de portão esfarelando, ferragens frouxas em vagas de bicicletas, falhas na usina solar e problemas em fechaduras e sistemas de amortecimento de água pluvial, totalizando 27 irregularidades.
O síndico alerta que essas falhas representam risco iminente à segurança dos moradores e podem causar prejuízos financeiros significativos, devido ao consumo excessivo de água e à necessidade de reparos emergenciais. Além disso, a ocorrência foi registrada em boletim de ocorrência na 2ª Delegacia de Polícia de Campo Grande.
Em nota, a MRV Engenharia afirmou que está em contato com o síndico para avaliar e atender as demandas abertas desde 29 de agosto, seguindo o Manual do Proprietário. A construtora garante que as solicitações estão em andamento e que permanece à disposição para sanar dúvidas dos moradores.
Especialistas em gestão condominial ressaltam que casos como o do Castel Di Veneza reforçam a importância de fiscalização rigorosa durante a construção, acompanhamento técnico e cumprimento dos prazos de garantia, garantindo segurança estrutural, prevenção de acidentes e preservação do patrimônio coletivo.
Os moradores devem continuar cobrando reparos emergenciais e a documentação formal de todos os problemas, assegurando que a construtora assuma a responsabilidade e realize as correções necessárias para reduzir riscos e prejuízos.