A explosão em um apartamento no bairro Shopping Park, em Uberlândia (MG), continua gerando desdobramentos e questionamentos sobre a responsabilidade do condomínio. A jovem Danielle, de 22 anos, que teve grande parte do corpo queimado, segue internada em estado gravíssimo, enquanto familiares contestam a versão apresentada pela administração do prédio.
Em entrevista exclusiva, a família rebateu informações de que Danielle teria ignorado um aviso da síndica sobre risco de vazamento de gás. Segundo eles, a comunicação feita via grupo de WhatsApp não alcançou a vítima.
“O grupo do condomínio tem apenas um representante por unidade, e quem estava nele era a minha mãe, que no momento trabalhava. Danielle não fazia parte do grupo. Portanto, essa versão é inverídica”, afirmou um parente.
Os familiares também criticaram o uso do aplicativo como ferramenta oficial de comunicação em situações de emergência.
“O WhatsApp não é meio adequado para avisar sobre riscos graves. O correto seria interfonar, bater de porta em porta ou deixar recados. O condomínio não é tão grande e havia condições de avisar a todos de forma direta”, ressaltaram.
Segundo a família, Danielle provavelmente já havia inalado o gás antes de acender o fogão.
“Nem sempre as pessoas conseguem perceber o cheiro de imediato. Ela havia acabado de acordar, ainda sonolenta, e pode ter se acostumado ao odor. Ao acender a chama, ocorreu a explosão”, explicaram.
A família lamenta ainda que a tragédia esteja sendo usada para responsabilizar a vítima, que luta pela vida.
“É injusto culparem alguém em estado grave, sem chance de se defender. O condomínio tinha responsabilidade e poderia ter agido de forma mais efetiva”, desabafaram.
Até o momento, a síndica não respondeu às acusações. O caso levanta debates importantes sobre protocolos de comunicação em condomínios, sobretudo em situações de risco iminente, reforçando a necessidade de canais oficiais, eficazes e diretos para garantir a segurança dos moradores.