O quadro “Meu Condomínio Tem Solução”, exibido no Bom Dia Pará, trouxe à tona um tema que preocupa moradores em todo o Brasil: a segurança nos condomínios residenciais. O episódio apresentou orientações práticas que podem ser aplicadas no dia a dia para reduzir riscos e melhorar a convivência.
Durante o programa, especialistas ressaltaram que a segurança condominial deve ser entendida como um trabalho coletivo, que envolve síndicos, administradoras e moradores. Entre as medidas destacadas, estão:
- Controle de acesso eficiente, com portaria bem estruturada, registro de visitantes e, quando possível, uso de tecnologias como biometria ou QR Codes temporários.
- Iluminação adequada em áreas comuns e estacionamentos, fator essencial para inibir furtos e garantir a circulação noturna.
- Sistemas de vigilância e monitoramento por câmeras (CFTV), que não apenas previnem crimes, mas também auxiliam em investigações em caso de incidentes.
- Manutenção preventiva de equipamentos, como elevadores, extintores, corrimãos, portões automáticos e sistemas elétricos, evitando acidentes e responsabilidades civis.
- Treinamento em primeiros socorros e brigada de incêndio, capacitando funcionários e até moradores voluntários para agir em situações emergenciais.
Outro ponto reforçado é que falhas simples de manutenção podem gerar grandes prejuízos. Um corrimão solto, uma lâmpada queimada ou um portão sem revisão periódica são brechas que podem resultar em acidentes, ações judiciais e desvalorização do patrimônio.
No aspecto jurídico, a legislação brasileira prevê que o condomínio, por meio da figura do síndico, é responsável pela manutenção das áreas comuns e pode responder civilmente em casos de negligência. Isso inclui tanto a responsabilidade patrimonial — como ressarcimento por danos — quanto a possibilidade de processos judiciais movidos por moradores.
Especialistas em gestão condominial recomendam ainda que síndicos realizem diagnósticos periódicos de segurança predial, como laudos de engenharia e inspeções elétricas, além de promoverem assembleias regulares para discutir segurança. A comunicação transparente é fundamental para engajar moradores e reduzir conflitos.
De acordo com o IBGE, mais de 69 milhões de brasileiros vivem em condomínios, o que representa cerca de 22% da população. Esse número crescente reforça a urgência de políticas de prevenção e gestão eficiente.
“Segurança não é apenas instalar câmeras ou contratar vigilância. É criar uma cultura preventiva, em que todos tenham clareza do seu papel”, destacou o especialista no quadro.
Para os moradores, pequenas atitudes também fazem diferença, como não liberar entrada de desconhecidos sem checar na portaria, supervisionar crianças em áreas de lazer, evitar bloqueios em rotas de fuga e comunicar imediatamente qualquer irregularidade.
O quadro conclui que a segurança em condomínios não é luxo, mas um direito coletivo. Investir em prevenção é a forma mais eficaz de proteger vidas, valorizar o patrimônio e garantir tranquilidade no dia a dia.
