Construção Civil tem alta em agosto puxada especialmente pela mão de obra, aponta IBGE

Construção civil teve alta em agosto puxada especialmente pela mão de obra, aponta IBGE

O custo da construção civil no Brasil voltou a subir em agosto de 2025, segundo dados do SINAPI, divulgados pelo IBGE. A variação mensal foi de 0,79%, superior aos 0,31% registrados em julho, sendo a segunda maior alta do ano, perdendo apenas para junho, que teve aumento de 0,88%. 

O valor médio para construir por metro quadrado passou a ser de R$ 1.863,00, ante R$ 1.848,39 no mês anterior. Deste total, a parcela relativa aos materiais de construção ficou em R$ 1.064,10, enquanto a mão de obra correspondeu a R$ 798,90

Enquanto os materiais tiveram alta de 0,50% no mês (mais que o dobro da taxa de julho, que foi de 0,23%), foi a mão de obra que mais pressionou o índice: cresceu 1,18%, refletindo sobretudo os acordos coletivos fechados recentemente, o que elevou o custo em relação a julho (0,42%) e a agosto de 2024 (0,81%).

No acumulado de janeiro a agosto, o custo dos materiais já subiu 2,81%, enquanto a mão de obra avançou 5,73%. Em termos de 12 meses, os índices acumulados apontam para 4,91% de alta nos materiais e 6,14% na mão de obra.

A variação regional também registra diferenças expressivas. A Região Sul teve a maior alta mensal em agosto, de 2,19%, puxada principalmente pela elevação nos custos da mão de obra. Outros estados com variações superiores à média foram Mato Grosso do Sul (2,97%), Paraná (2,79%) e Rio Grande do Sul (2,66%).

Para condomínios, construtoras e síndicos, essa elevação de custos significa impacto direto nos orçamentos de reformas, obras de manutenção e novas construções. Planejamento financeiro mais cuidadoso, acompanhamento constante de índices como o SINAPI, e negociações antecipadas com fornecedores e equipes de trabalho tornam-se cada vez mais necessários.

Em síntese, o setor aguarda que a pressão sobre os custos seja mitigada, mas por enquanto, quem contrata obras ou gerencia empreendimentos precisa se adaptar a este novo cenário de alta constante.


Piauí Folha

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