Um condomínio em Brasília, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar, restringiu mensagens sobre política em seu grupo de WhatsApp para evitar conflitos entre moradores. A decisão foi motivada por episódios frequentes de discussões, impulsionadas pelos eventos em torno da prisão do ex-chefe de Estado.
A residência de Bolsonaro, localizada no condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico, tornou-se um foco de manifestações. O prédio passou a funcionar como ponto de encontro de apoiadores e opositores do ex-presidente, elevando a tensão entre os condôminos e alterando a rotina nos locais comuns, especialmente na portaria.
Para conter o conflito, a administração do condomínio decidiu vetar mensagens sobre política no grupo de WhatsApp dos moradores, estabelecendo uma zona neutra de convivência. A medida reforça a importância de regras internas claras para preservar a harmonia, especialmente em empreendimentos residenciais com perfis ideológicos diversos.
O episódio reflete a polarização crescente na sociedade e o impacto direto dessa divisão nos condomínios. Especialistas enfatizam que, para manter a convivência pacífica, síndicos e administradores devem promover espaços de diálogo responsável e impor limites claros sobre temas sensíveis, prevenindo escalar conflitos para instâncias jurídicas ou mediações formais.