Justiça avalia expulsão de fazendeiro acusado de ameaçar vizinhos em condomínio no interior de SP

Justiça decide futuro de fazendeiro acusado de ameaçar vizinhos em condomínio de luxo no interior de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) deve julgar, nos próximos dias, um caso que mobiliza moradores de um condomínio de alto padrão no interior do estado. O processo envolve um fazendeiro acusado de intimidar e ameaçar vizinhos, comportamento que teria gerado clima de medo e insegurança entre os condôminos. A decisão poderá determinar a expulsão definitiva do proprietário do lote.

De acordo com informações do Ministério Público, o morador, cujo nome não foi divulgado, teria protagonizado diversos episódios de hostilidade, incluindo discussões acaloradas, intimidações verbais e supostas ameaças físicas contra outros residentes. Moradores relatam que a situação se agravou ao longo do tempo, obrigando o condomínio a reforçar medidas de segurança e registrar boletins de ocorrência.

O caso foi levado à Justiça após tentativas frustradas de mediação interna, previstas na convenção condominial e aplicadas pelo conselho e pela administração do empreendimento. Segundo advogados do condomínio, as condutas atribuídas ao réu violam as regras internas e comprometem a tranquilidade e a convivência pacífica — princípios que fundamentam o direito de vizinhança previsto no Código Civil.

Especialistas em direito condominial explicam que, embora a expulsão de um morador proprietário seja medida rara e extrema, ela é juridicamente possível em casos excepcionais, quando há comprovação de comportamento reiterado que coloque em risco a segurança e o bem-estar coletivo. Nesse contexto, o Judiciário pode determinar a alienação forçada do imóvel, garantindo que o infrator não permaneça no local.


Alípio João Júnior, Ribeirão Preto (SP) — Foto: Redes sociais

A defesa do acusado nega as acusações e afirma que os conflitos foram “mal interpretados” e que não há provas concretas que justifiquem sua retirada. Ainda segundo os advogados, o réu estaria sendo alvo de “perseguição” por parte de um grupo de condôminos com quem teve divergências pessoais.

O julgamento é aguardado com expectativa, já que poderá criar precedente importante sobre os limites da convivência em condomínios e as medidas cabíveis contra moradores que descumprem normas internas de forma reiterada.

Se a decisão for favorável ao condomínio, o proprietário terá prazo determinado para vender o imóvel e deixar o local. Caso contrário, continuará residindo, mas sob risco de novas ações judiciais caso ocorra reincidência de condutas hostis.


Piauí Folha

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