Barulho é principal motivo de conflitos em condomínios, aponta levantamento
O excesso de barulho segue como uma das principais causas de conflitos entre moradores de condomínios no Brasil. Conversas em tom elevado, festas que se estendem até a madrugada, obras fora do horário permitido e até o uso inadequado de áreas comuns têm gerado atritos que frequentemente acabam nas assembleias ou, em casos mais graves, nos tribunais.
De acordo com especialistas em gestão condominial, a situação se intensifica em períodos de maior convivência dentro dos lares, como finais de semana e feriados prolongados. Nessas ocasiões, sons de música alta, televisores, instrumentos musicais e reformas são os mais citados nas reclamações.
A legislação brasileira estabelece limites para emissão de ruídos e horários específicos para atividades potencialmente barulhentas, cabendo ao síndico intermediar as demandas e aplicar as penalidades previstas na convenção e no regimento interno. No entanto, a solução nem sempre é simples: muitos casos envolvem disputas pessoais e resistência dos infratores em cumprir as regras.
Advogados especializados ressaltam que, quando as tentativas de mediação falham, o morador prejudicado pode recorrer à Justiça, solicitando indenização por danos morais ou materiais. Em decisões recentes, tribunais têm reconhecido o direito à reparação, reforçando a importância do cumprimento das normas de convivência.
A recomendação de administradores e síndicos é que todos os condôminos mantenham diálogo respeitoso, observem os horários de silêncio e evitem atitudes que possam gerar desconforto à vizinhança.
“A harmonia do condomínio depende da consciência coletiva. Respeitar o espaço do outro é fundamental para evitar desgastes e preservar o bom convívio”, destaca um gestor condominial consultado pela reportagem.