Condomínios no Paraná se adaptam para instalação de carregadores de carros elétricos
Diversos condomínios no Paraná estão realizando adequações em suas instalações elétricas para permitir a recarga de carros elétricos por moradores. A iniciativa reflete a crescente demanda por mobilidade sustentável e a necessidade de evolução da infraestrutura condominial.
Em reportagens recentes, síndicos destacam que a adaptação exige projetos técnicos especializados, avaliação da capacidade da rede elétrica e instalação de sistemas de medição individual para evitar disputas sobre consumo entre os condôminos.
Ainda que não exista uma lei federal que obrigue os prédios prévios a fornecer estações de recarga, estados e municípios brasileiros já consideram normas locais para incentivar ou exigir a adequação. O Projeto de Lei 158/25, em trâmite na Câmara, propõe incorporar essa obrigatoriedade à Lei do Condomínio (Lei 4.591/64).
Além dos aspectos jurídicos, a segurança elétrica tem destaque: normas da ABNT, especialmente a NBR 17019, já orientam instalações seguras. O Corpo de Bombeiros de São Paulo também tem publicado diretrizes técnicas, incluindo distanciamentos mínimos entre vagas com pontos de carga e prevenção contra incêndios.
Síndicos consultados indicam que a instalação individual, na vaga privativa do condômino, exige aprovação em assembleia e deve ser acompanhada de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART/RRT). Já sistemas coletivos com medidores por vaga e gerenciamento de carga são alternativas para compartilhar infraestrutura de forma eficiente.
A adaptação traz benefícios: valorização do imóvel, atração de novos moradores e alinhamento à sustentabilidade. No entanto, também apresenta desafios: custo de instalação, sobrecarga da rede elétrica e potenciais disputas internas. Por isso, muitos condomínios têm investido em diagnóstico técnico prévio e regulamentos internos específicos.
A transição para veículos elétricos exige dos condomínios planejamento técnico, respaldo legal e participação consciente dos condôminos. Síndicos que lideram esse processo podem transformar a adaptação em diferencial competitivo, combinando modernização, segurança e valorização imobiliária.